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Caiado critica uso de estudantes pela esquerda em artigo

Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo do último sábado (05/11), o senador Ronaldo Caiado criticou o uso político que o PT e outros partidos de esquerda fazem de movimentos estudantis


Ao citar a máxima atribuída a Lenin, "acuse-os do que você faz; xingue-os do que você é”, Caiado lembra que a incitação a desordem está sendo promovida justamente por aqueles que quebraram as contas públicas e desfalcaram em mais de R$ 10 bilhões o orçamento da Educação.

"Antes de deixar a presidência, Dilma Roussef cortou R$ 10,2 bilhões da educação, sem que houvesse qualquer protesto da esquerda. E há duas semanas os partidos de esquerda atrapalharam duas propostas que injetaram R$ 1,1 bilhão para a educação, mostrando em que medida de fato se preocupam com ela. Sem o menor pudor, o petismo agora faz de adolescentes do ensino secundário, massa de manobra de seus interesses, expondo-os à violência, à lavagem cerebral e à interrupção do calendário escolar", criticou no texto.

Para Caiado, a oposição do "quanto pior, melhor" visa criar um clima de instabilidade no país depois da derrota absoluta que o PT e a tese do "golpe" tiveram nas eleições municipais.

"Pouco importa que a tese de que o impeachment foi um golpe tenha sido amplamente derrotada e desmoralizada nas eleições municipais, em que o PT e seus satélites (Psol, Rede, PCdoB) receberam o maior revés popular da história. Insistem em falar em nome do povo, mesmo este tendo lhes virado as costas", afirmou.

Confira o artigo na íntegra:

Sob a inspiração de Lênin

Atribui-se a Lênin, dentro da estratégia de agitação e propaganda comunista, a seguinte incitação à militância: “Acuse-os do que você faz; xingue-os do que você é”.

O procedimento está sendo fielmente seguido pela esquerda brasileira, no processo de invasão de escolas e universidades, a pretexto de derrubar a PEC 241, a PEC da Responsabilidade, que estabelece um teto para o gasto público, arruinado pela gestão petista.

Aprovada com folga em dois turnos na Câmara, a PEC está agora sendo examinada pelo Senado, que a votará ainda este ano. É vital para que o país dê início ao reerguimento de sua economia

Enquanto estimula o “Fora, Temer” e conspira contra a paz pública, desestabilizando o ambiente educacional, a militância esquerdista proclama que, ao contrário, a educação está sendo ameaçada é pelo governo federal, que insiste em chamar de golpista.

A PEC, como já demonstrei em artigos anteriores neste espaço, não impõe corte algum, e até permite, por meio de manejo orçamentário, acréscimos tanto em educação como em saúde.

Dentro da verba existente, a ser reajustada nos limites da inflação, nada impede que as prioridades sejam mantidas. Basta que haja critérios de gestão, algo que inexistiu ao longo da era petista.

Antes de deixar a presidência, Dilma Roussef cortou R$ 10,2 bilhões da educação, sem que houvesse qualquer protesto da esquerda. E há duas semanas os partidos de esquerda atrapalharam duas propostas que injetaram R$ 1,1 bilhão para a educação, mostrando em que medida de fato se preocupam com ela.

Sem o menor pudor, o petismo agora faz de adolescentes do ensino secundário, massa de manobra de seus interesses, expondo-os à violência, à lavagem cerebral e à interrupção do calendário escolar.

Chega a ser constrangedor ver garotos, monitorados por marmanjos arruaceiros, a respeito da causa a que estão sendo criminosamente arrastados, em prejuízo próprio – e do país. A bagunça compromete o Enem e cerca de 200 mil dos estudantes, já que muitas das escolas em que estava previsto se realizar estão ocupadas. O prejuízo financeiro, por baixo, é de R$ 12 milhões, mas o maior, o educacional, não é contabilizável.

Depois de reduzir as universidades a células ideológicas, rebaixando o nível do ensino superior e colocando o Brasil na retaguarda dos índices internacionais de avaliação de desempenho, a esquerda investe agora contra o ensino secundário. Mas atribui ao governo federal a pecha de conspirador contra a educação. É o mandamento de Lênin em ação.

Pouco importa que a tese de que o impeachment foi um golpe tenha sido amplamente derrotada e desmoralizada nas eleições municipais, em que o PT e seus satélites (Psol, Rede, PCdoB) receberam o maior revés popular da história. Insistem em falar em nome do povo, mesmo este tendo lhes virado as costas.

As eleições confirmaram a legitimidade do ato parlamentar, elegendo maciçamente as forças que, nos termos da Constituição, tiraram Dilma Roussef e colocaram Michel Temer na presidência da República. Se fosse democrática, como se proclama, a esquerda absorveria a sentença soberana das urnas e faria sua autocrítica. Mas ela faz da democracia rito de passagem, como se vê na Venezuela, em que o aparelhamento das instituições impôs uma ditadura sangrenta.


É disso que escapamos; e é a isso que o povo brasileiro disse um sonoro “não” nas urnas. Mas, indiferente ao povo – e sob a inspiração de Lênin -, a esquerda fundamentalista, uma seita predatória e corrupta, investe mais uma vez no caos revolucionário, aliciando agora nada menos que estudantes adolescentes.

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