Um protesto com mais de dez mil pessoas acontece neste momento em frente ao Palácio do Planalto pedindo a renúncia da presidente da República, Dilma Rousseff
A manifestação foi marcada pelos movimentos contrários ao governo da petista depois da confirmação da nomeação do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, mas ganhou enorme fôlego depois que uma conversa entre Dilma e Lula foi gravada pela Polícia Federal, com autorização da Justiça.
Na breve ligação, Dilma afirma diz a Lula que enviou o "termo de posse" dele como ministro para se resguardar quanto à uma possível prisão. Assim que tiverm acesso à ligação, deputados ocuparam o plenário da Câmara para também pedir a renúncia da presidente Dilma. Confira o áudio da ligação e o vídeo dos parlamentares abaixo.
Com inícios marcados entre 17h e 18h, os protestos em frente ao Palácio do Planalto começaram a concentrar manifestantes e rapidamente atingiram a marcar de mais de duas mil pessoas, segundo o último cálculo da Polícia Milita do Distrito Federal.
Faixas com os dizeres "O Brasil não é do PT" e "Parlamentarismo é golpe", além de bandeiras do Brasil e imagens do juiz federal Sérgio Moro fazem parte dos adereços usados no protesto. Outros cartazes foram confeccionados de maneira improvisada com papel A4, ofício e folhas contínuas de impressoras.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (16/3), que é "escandaloso" Lula ser alçado a ministro-chefe da Casa Civil num momento em que é investigado pela Justiça e pode se tornar réu. "Isso aumenta a crise moral no País", disse o ex-presidente tucano, após proferir palestra em evento da área de seguros na capital paulista.
Na avaliação de FHC, a ida de Lula para a Esplanada dos Ministérios vai apenas "postergar" decisões que precisam ser tomadas. Sem falar diretamente na discussão do impeachment da presidente Dilma Rousseff, FHC destacou que a sociedade e as forças do Congresso é que terão de reagir com força. "Lula é competente no jogo político e vai usar a sua capacidade para postergar decisões."
Segundo FHC, como o ex-presidente petista não tem convicções firmes em área nenhuma "e muito menos na econômica", se continuar nessa fase de baixar juros e aumentar crédito, o País irá retroceder. "É um mau momento para isso", emendou.
E continuou: "Se o poder político dele for nessa direção, vai atrasar ainda mais (a recuperação do País), porque pode causar euforia momentânea em alguns setores, mas vai agravar ainda mais a situação lá pra frente." FHC ironizou: "Lula é maleável, se a sociedade gritar ele vai retroceder na economia."
Ainda sobre Lula, sem citar especificamente o agora ministro-chefe da Casa Civil, Fernando Henrique disse que não se pode dirigir o País sendo analfabeto. "Assim não dá", frisou. O ex-presidente tucano estava neste momento falando que o Brasil precisa investir em Educação e que seus dirigentes devem ter conhecimento. Após o evento, FHC deixou o local sem falar com a imprensa.
Manifestantes estão reunidos em frente ao Palácio do Planalto para protestar contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro chefe da Casa Civil. Uma nova manifestação foi convocada para amanhã, às 10h, no mesmo local.
O protesto teria sido organizado, entre outras entidades, pelo Movimento Brasil Livre. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, a manifestação já reúne 5 mil pessoas. O número, porém, começa a aumentar com a chegada de mais manifestantes vestidos de amarelo. Com o fim do expediente em alguns órgãos públicos, funcionários dos ministérios também começam a descer para participar do ato. Ainda segundo a corporação, 50 PMs e 60 policiais do batalhão do Exército trabalham no local.
Os manifestantes já cantaram o Hino Nacional várias vezes. Um carro de som que tentava chegar ao local, foi impedido de ficar na frente do Planalto. A PM informou que o limite de acesso de carros de som em protestos é a Alameda das Bandeiras, que fica em frente ao Congresso Nacional.
Há informações de que a presidente Dilma Rousseff deixou o Palácio do Planalto. Os manifestantes começaram a gritar pedindo a renúncia da petista. O agora ministro Lula - que acabou de ser nomeado oficialmente em uma edição extra do Diário Oficial da União - não está em Brasília.
Um pequeno grupo de pessoas favoráveis ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff também compareceu ao ato. Houve confronto entre os dois grupos. A PM reagiu com cassetete e gás de pimenta.
Um homem foi retirado da manifestação. Ele foi acusado de atirar uma bomba, mas, sem localizar o artefato, a PM não pôde provar que ele soltou a bomba. Assim, ele foi mandado embora.
Parlamentares da oposição participam do protesto. Eles teriam, inclusive, tentado inciar a manifestação, mas, barrados pela segurança, voltaram ao Congresso Nacional. Agora, com a chegada de outros manifestantes, eles começam a retornar para a porta do Planalto.
Confundido com um oposicionista, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) chegou a ser hostilizado pelos presentes. Marun é aliado do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e é um dos responsáveis por tentar blindá-lo no Conselho de Ética.
No plenário da Câmara, diversos deputados também protestam e gritam o pedido de renúncia da presidente Dilma.
O trânsito na Esplanada dos Ministérios foi interrompido. A via N1 está fechada até a porta do Palácio do Planalto. Assim, os motoristas que vêm da L4 Norte não conseguem acessar a pista, que segue no sentido Rodoviária do Plano Piloto.
Munidos com apitos, panelas e instrumentos musicais, os participantes do protesto gritam palavras de ordem e xingamentos contra o ex-presidente. Entre os gritos ecoados, estão "Lula ladrão seu lugar é na prisão" e "Lula cachaceiro devolve o meu dinheiro". Os manifestantes também portam faixas com dizeres favoráveis ao juiz federal Sérgio Moro e pedidos para que os motoristas buzinem em apoio ao ato.
Quem começou a incitar o movimento após as 19h40 foi Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre, que do alto do carro de som pede a prisão de Lula.
No Twitter, a tag #OcupaBrasília lidera a lista dos assuntos mais comentados do país. Ontem, internautas criaram um abaixo-assinado virtual para impedir a nomeação de Lula. Sob o título de "Não aceito Lula como ministro do meu Brasil", o documento já conta com 117,6 mil assinaturas.
Uma senhora de 95 anos que participou da manifestação afirmou que deseja mudar o país e que não quer viver uma ditadura novamente.
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Da redação Novo Gama HOJE
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Por Hudson Cunha.
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