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Principal problema da insegurança está no governo de Goiás

O deputado federal Daniel Vilela (PMDB) classificou como “extremamente preocupantes e reveladores” os números apresentados pela própria Secretaria de Segurança Pública sobre o efetivo da Polícia Militar em Goiás


O jornal O Popular publicou nesta quinta-feira, 18, que, segundo a pasta, a capital conta atualmente com apenas 1,5 mil policiais militares, menos da metade do que havia em 2007.

“Só este dado já mostra que o principal problema da insegurança em Goiás está no governo, e não em questões conjunturais externas, argumento que o Palácio das Esmeraldas gosta de usar como muleta”, afirma o deputado, que preside o PMDB em Goiás. “Para se ter uma ideia, Porto Alegre (RS), que tem 1,5 milhão de habitantes, população próxima à de Goiânia, contava em 2013 com o dobro de PMs que a nossa capital”, comparou, lembrando que ainda assim este número não é considerado satisfatório pelas autoridades daquele Estado.

Interior

O déficit de policiais não afeta somente a capital, lembra Daniel Vilela, mas também o interior, como mostra diariamente o noticiário. Segundo estudo do IBGE divulgado em setembro do ano passado, Goiás era em 2014 o 20º Estado do País na relação entre policiais pela população, com um policial para cada 538 habitantes, e estava bem abaixo da média da região Centro-Oeste (na qual o Estado figura como pior colocado), que é de 1 para cada 393 habitantes.

Daniel lembrou que o governador poderia ter aproveitado a viagem à Austrália e Nova Zelândia, onde está desde a semana passada, para conhecer políticas de segurança pública desses países e tentar encontrar projetos bem sucedidos que possam embasar ações em Goiás. “A Nova Zelândia, por exemplo, foi a 2º colocada no item Confiabilidade dos Serviços da Polícia no Ranking de Competitividade Global 2014/2015, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. Mas parece que falta disposição no governo para resolver o problema. Ou talvez seja por que para quem conta com um aparato de segurança particular, o problema não existe”, afirma Daniel Vilela.

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