O viés autoritário da gestão do governador Marconi Perillo (PSDB) em Goiás cresceu com o passar dos anos e pode ser verificada com facilidade
Há tempos o tucano abandonou o diálogo e passou a tomar decisões à revelia dos interesses da sociedade, impondo suas vontades como se o Estado lhe pertencesse. Nos últimos meses, porém, os goianos decidiram reagir às atrocidades cometidas pelo tucano. Só nesta semana, duas das principais secretarias do governo, foram ocupadas por manifestantes contrários às práticas nefastas de Marconi.
Na noite de terça-feira, 26, estudantes ocuparam a sede da Secretaria de Educação em manifestação contrária a entrega das escolas estaduais para organizações sociais, criadas às pressas por incentivo do próprio governo para operar os recursos da educação no Estado. Desde dezembro, estudantes ocupam escolas em Goiânia e no interior para demonstrar a completa insatisfação com a medida.
A decisão de instalar OSs na educação foi tomada por Marconi sem nenhum diálogo com a sociedade. Inicialmente, até parte do próprio governo tentou resistir. Porém, imposição do tucano-chefe prevaleceu.
Em outra frente, movimentos sociais ocupam a sede da Secretaria da Fazenda. Além da aversão pela instalação das OSs, também lutam contra a privatização da Celg – marcada para ocorrer em março. A mobilização de funcionários e sindicatos contrários a venda da maior empresa de Goiás, que inclui reuniões e diversas manifestações, começou em meados do ano passado.
Os servidores do Estado, sobretudo da área de Segurança Pública, também reagiu aos equívocos do governo tucano. Em dezembro passado, servidores fizeram paralisação de 24 horas e devem voltar a se mobilizar nos próximos meses. Os servidores, não apenas da Segurança Pública, foram massacrados pela gestão tucana em 2015. Além de não ter a reposição da data-base, servidores perderam direitos e passaram a receber com atraso.
Marconi tenta se manter distante dos problemas que engolem seu quarto governo. Transfere a responsabilidade para secretários, como Ana Carla Abrão (Sefaz) e Raquel Teixeira (Educação). Enquanto isso, as crises se acumulam e a população, enfim, demonstra não tolerar mais passivamente a tantas maldades cometidas pelo tucano.